Método Científico em 6 Passos

Método Científico em 6 Passos

Você já teve a oportunidade de ler um livro de divulgação científica? Ele provavelmente citou o método científico em algum momento.

No entanto, nem sempre os autores explicam o que de fato ele é.

Então vamos entender essas regras que são a base de como fazer ciência.

Lembrando que na literatura o número de passos do método pode variar. Aqui veremos em seis passos.

1. Observação

Observe a natureza, algum evento, o comportamento das pessoas ou qualquer que seja o seu objeto de estudo.

O observador deve ser objetivo, ater-se aos fatos e não se deixar influenciar por impressões ou intuições.

A observação vai despertar a sua curiosidade, que vai levar aos questionamentos.

2. Questionamento

Questione por que aquilo que você observou acontece.

Suas perguntas serão seu guia numa espécie de formulação de um problema.

A solução desse problema é onde queremos chegar com o uso do método científico.

O questionamento e a observação estão muito interligados. A observação leva ao questionamento, mas o questionamento também pode estimular novas observações.

3. Hipótese

Levante uma hipótese.

Essa será a sua sugestão de solução do problema formulado durante o questionamento.

É importante que essa hipótese seja testável e falseável. Ela será colocada a prova com experimentos.

Aqui, vale falarmos mais sobre falseabilidade.

Uma ideia ganha mais força quando outras pessoas validam que ela acontece ou funciona.

Daí a importância de uma hipótese ser testável. Assim, temos a capacidade de verificar se ela é verdadeira ou falsa.

Uma hipótese falseável é aquela que temos como considerar falsa.

Segundo o exemplo do filósofo alemão Karl Popper, a hipótese de que "todos os cisnes são brancos" é falseável. Basta encontrarmos um cisne negro para refutá-la.

4. Experimentação

Crie um ou mais experimentos controlados, cujos resultados esperados possam reforçar a sua hipótese.

5. Análise

Verifique bem os resultados dos experimentos.

Analise os dados, refaça as contas e certifique-se de que não houve erros ou vieses para atrapalhar a interpretação das informações.

E nada de "interpretação criativa" dos dados. Avalie-os da maneira mais imparcial e fria possível, afinal, eles devem refletir a realidade e não o que você gostaria que eles representassem.

Peço licença novamente, dessa vez para relembrar o que são lei, hipótese e teoria.

Uma lei é a generalização de um conjunto de observações, não tendo sido encontrada nenhuma exceção a tais observações. Exemplo: Lei da Gravitação Universal.

As hipóteses são conjecturas, especulações, previsões sobre determinado fenômeno da natureza e como ele se comporta. Exemplo: Hipótese da Geração Espontânea.

E as teorias são explicações bem fundamentadas para descrever eventos que ocorrem na natureza. Envolvem fatos, leis e hipóteses já testadas exaustivamente. Exemplo: Teoria da Evolução.

6. Conclusão

Caso o experimento não tenha saído como o esperado, tente entender o por quê e retorne ao Passo 3. Ajuste a sua hipótese ou formule uma nova.

Se os dados obtidos com o experimento comprovam a sua hipótese, chegamos à solução do problema.

A partir daí, sua ideia poderá ser refinada, revisada por outros cientistas, publicada e quem sabe até se tornar uma teoria.

Não pense, porém, que o método científico serve apenas para cientistas. Ele é para todos!

Você pode usá-lo no seu dia a dia, mesmo que seja uma versão mais flexível.

Assim, evitamos de ser enganados e reafirmamos o nosso compromisso com a verdade.

Referências:

  • Science: The Definitive Visual Guide, DK
  • O Livro da Ciência, Editora Globo
  • BYNUM, William; Uma Breve História da Ciência, Editora L&PM
  • Simpatia Funciona? - Nerdologia
  • Origem da Vida e Método Científico - Descomplica
  • O Método Científico e os Tipos de Pesquisa - Aula da Professora Regina Fonseca
  • Falseabilidade - Canal do Pirula