Milei
Javier Milei ganhou as eleições na Argentina, um anarcocapitalista.
A vitória do Milei é a representação do desespero de um povo, farto de décadas de socialismo, próximo do comunismo. O Milei representa o oposto de um político, fala o que pensa, sem medir as consequências das suas palavras.
Em campanha eleitoral, faltou mal do Papa e do Maradona, dois “símbolos” nacionais. Para piorar, elogiou Margaret Thatcher, que é um “inimigo” nacional, devido à guerra das Malvinas. Tinha tudo para dar errado mas não, ganhou, incrível.
Apesar de eu gostar de algumas ideias dele, como a liberdade de circulação de moeda, a redução do estado e combate à corrupção. O grande problema é que ele não tem uma maioria no congresso, as suas ideias serão difíceis de serem implementadas, correndo o risco de ficar tudo bloqueado.
O Milei é meio louco, parece não ter um perfil dialogante, que será essencial para fazer as reformas, num governo sem maioria.
Ele é um grande economista, um tecnocrata, mas na política por vezes tem que existir um equilíbrio entre a teoria econômica e a realidade no terreno. Por trás dos números estão pessoas, assim as reformas têm de ser graduais, senão provocará demasiados danos colaterais. Esses danos colaterais são pessoas.
Em economia ele pode ser bom, mas em diplomacia internacional deve ser péssimo
Milei vai necessitar do apoio da Patrícia Bullrich, talvez ela dê um equilíbrio ao governo, é necessário uma revolução mas esta deve ser gradual.
Ainda existe um outro problema, se correr mal, a decepção vai ser muito grande, na próxima eleição, possivelmente a Argentina vai “virar” mais para a esquerda, mais que o atual presidente em exercício.
Estou com mau feeling, tenho receio que isto corra mal para a Argentina, espero mesmo estar errado. Espero que esta esperança de liberdade não se transforme numa decepção.
¡Viva la Libertad, carajo!